Coberturas
Eleições: da UDN ao PSL, veja os partidos que elegeram deputados desde 1947
Veja nos gráficos as bancadas formadas após cada eleição brasileira e as siglas que mais dominaram o parlamento nos últimos 70 anos
Esta reportagem fez parte da coluna digital Caixa de Dados, do Diário Catarinense, sobre jornalismo de dados, e foi publicada originalmente em 31/01/2019
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Texto e análise de dados: Cristian Edel Weiss
A Assembleia Legislativa de Santa Catarina se prepara para o início da nova legislatura, na manhã desta sexta-feira, dos 40 deputados estaduais eleitos e reeleitos em outubro do ano passado. Desta vez, a legislatura começa com representantes de 13 partidos, a maior diversidade pelo menos de 1947, desde quando estão disponíveis dados públicos sobre as eleições no Tribunal Superior Eleitoral. Navegue nos gráficos abaixo para ver as composições partidárias após cada eleição e as siglas que mais dominaram o parlamento nos últimos 70 anos.
Somente 29 partidos (dos quais 10 já foram extintos ou incorporados a atuais siglas) já ocuparam um assento no parlamento estadual desde 1947.
Na época, o país vivia a Quarta República (1946-1964), que alguns historiadores definem também como República Populista, pela característica dos governos que se estabeleceram após a primeira era Vargas. Ainda havia pluripartidarismo, e na Alesc quatro siglas dividiam as 37 cadeiras disponíveis PRP, PSD, PTB e UDN.
Aglutinação e desmembramento de partidos
Após a instauração do Regime Militar em 1964, o país viveu a fase do bipartidarismo, com a Aliança Renovadora Nacional (Arena), que dava sustentação ao governo federal, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), atuante até hoje, e que nasceu de oposição à ditadura. Na Alesc, as duas siglas também dividiam as bancadas, numa época em que o governador do Estado era eleito por voto indireto, ou seja, apenas pelos deputados.
Com o fim do bipartidarismo, em 1980, surge o Partido Democrático Social (PDS), formado na maioria pelos antigos quadros da Arena. Em SC, nas eleições de 1982, apenas PDS e MDB compuseram as bancadas da Alesc, enquanto no governo do Estado Esperidião Amin (hoje PP e na época no PDS) assumia o governo estadual sendo o primeiro eleito pela população em 20 anos.
MDB se consolida como maioria ao longo dos anos
Em 1986, embalado pela eleição de Pedro Ivo Campos ao governo do Estado, o MDB se torna a maior bancada da Alesc pela primeira vez, ainda rivalizando com o PDS, que minguaria aos poucos, enquanto dava origem a novos partidos da direita, como PFL e PPR. Nesse ínterim, o MDB também se desmembrou em novas siglas, como PT, PSDB e PDT, mas ainda permanecia hegemônico na Assembleia, o que seria quebrado apenas nas bancadas eleitas em 1994, 1998 e 2002.
Desde 2006, quando Luiz Henrique da Silveira foi eleito para o segundo mandato como governador, a sigla continua tendo a maior representatividade na Casa.
Na conta histórica, aliás, o MDB é o partido que mais vezes ocupou cadeiras na Alesc no início de nova legislatura por ter eleito ou reeleito representantes, resultado da unidade do partido desde sua formação no regime militar e longevidade: foram 173. Logo atrás estão Arena (105), PSD (103, somando o antigo e o novo), UDN (71), PT (46), PDS (43) e PFL (42).
A composição a partir de 2019
Com a eleição de outubro do ano passado, a Alesc passa a ter a maior diversidade de partidos desde, pelo menos, 1947. São 13 no total, com a inclusão de novos, como PSL, PV, PSC e PRB. Já DEM, PCdoB e PPS perderam a única cadeira que tinham.
Embalado pela eleição do presidente Jair Bolsonaro e de Carlos Moisés da Silva para o governo do Estado, o PSL saiu de zero para seis assentos no parlamento e já conta com a segunda maior bancada, atrás apenas do MDB. Já o PSD, do ex-governador Raimundo Colombo, foi o que mais perdeu cadeiras (4) e ficou com o posto de terceira maior bancada.
Baixe os dados
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