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Cachorros são vítimas de envenenamento em Blumenau

Desde sexta-feira, quatro animais morreram na Ponta Aguda. Donos conseguiram salvar outros três cães

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Publicada originalmente no Santa em 31/3/2010


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Desde sexta-feira, quatro animais morreram na Ponta Aguda. Donos conseguiram salvar outros três cães

CRISTIAN WEISS
BLUMENAU

Em frente ao número 408 da Rua Pedro Francisco Cordeiro, Bairro Ponta Aguda, está o corpo do vira-lata Tobi, de três anos, envenenado domingo. O proprietário do animal, o chapeiro Valdinei Sebastião Soares, 38 anos, decidiu expô-lo como forma de protesto às sucessivas mortes por envenenamento que estão ocorrendo na rua. De acordo com Soares, Tobi é o quarto animal da vizinhança a ser morto desde sexta-feira.

– Deve ser alguém que não gosta de animais. Os vizinhos estão preocupados com a matança e não sabem mais o que fazer – indigna-se.

Outros três cães envenanados na vizinhança foram salvos pelos donos. Um desses animais pertence à auxiliar de cozinha Enedina Oliveira dos Santos. O vira-lata Salsicha foi envenenado sábado, mas foi tratado com leite e remédios caseiros para expelir o veneno.

Moradores suspeitam que alguém esteja oferecendo alimentos com veneno

– Todos estão amarrando os bichos nas coleiras ou mantendo em casa porque não querem que amanheçam mortos – conta Enedina.

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A suspeita dos moradores é de que alguém esteja oferecendo alimentos com veneno de rato ou estricnina, vendidos em agropecuárias e supermercados. O diretor de Vigilância em Saúde, Marcelo Schaefer, diz que ainda não foi informado dos envenenamentos. Mas adianta que o órgão combate a matança pela repressão aos locais que comercializam venenos.

– O problema é que só podemos notificar o comércio se ele for pego em flagrante. Na maioria das vezes, quando chegamos ao comércio, o veneno está escondido – lamenta.

Prefeitura construirá centro de zoonoses com verba própria

Após três anos de espera pelo repasse de R$ 500 mil para a construção do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), a prefeitura rompeu o convênio que mantinha há oito anos com o Ministério da Saúde. O CCZ será agora construído com verba municipal em terreno da prefeitura localizado atrás da Escola Número 1, na Itoupava Central.

De acordo com o diretor da Vigilância em Saúde, Marcelo Schaefer, ainda é necessário delimitar o terreno, concluir o projeto arquitetônico e abrir licitação. A previsão é de que as obras comecem no segundo semestre e sejam concluídas até o fim do ano. O centro vai abrigar um canil para 100 animais, ambulatório e a sede administrativa

Venda de venenos é considerada criminosa

Os venenos mais usados para vitimar animais, segundo a Vigilância em Saúde, são o 1080 (monofluoracetato de sódio) e a estricnina, ambos proibidos no Brasil. A terceira droga mais usada é o chumbinho (carbamato), que pode ser vendido com receita veterinária. No entanto, o comércio da substância torna-se ilegal quando as agropecuárias fracionam o produto.

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– Quem vende fracionado faz com a intenção de matar. Por isso é importante a ajuda da comunidade. Se pegarmos em flagrante vamos interditar o comércio, abrir processo sanitário e denunciar ao Ministério Público – explica o diretor da Vigilância, Marcelo Schaefer.

A venda dos venenos é enquadrada como crime contra a saúde pública, por colocar em risco a saúde das pessoas, e ambiental, pela morte de animais domésticos.

Presidente da Associação Protetora de Animais de Blumenau (Aprablu), Bárbara Lebrecht recomenda que donos de animais mortos registrem boletim de ocorrência para intensificar o combate aos envenenamentos.

– O dono deve pedir laudo ao veterinário e evidências e o maior número de vítimas na ocorrência. Quem envenena é covarde e deve ser denunciado – afirma Bárbara.

Denuncie

O envenenamento de animais é crime previsto na Lei Federal de Crimes Ambientais 9.605/98. Também é condenado pela Lei Complementar Municipal 530, que aborda o controle e a proteção de populações animais. Se você conhece um estabelecimento que vende os venenos 1080, estricnina ou chumbinho denuncie nos telefones 156 e 3326-6807.

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